A informática está mudando a forma de trabalhar, estudar, divertir-se, enfim a forma de viver e conviver das pessoas. Se a idéia é de alfabetização tecnológica do professor, é importante e necessário que os mesmos estejam preparados para utilizarem pedagogicamente as tecnologias na formação de cidadãos que deverão produzir e interpretar as novas linguagens do mundo atual e futuro, porém de nada vale tanta tecnologia se o professor continuar com a mesma metodologia.
As escolas públicas, como a minha, receberam micro-computadores com capacidade razoável para trabalho escolar, porém insuficientes para todos os alunos. E os educadores? Estes estão preparados e capacitados para a utilização das linguagens tecnológicas na sala de aula? Há três anos nosso laboratório de informática foi instalado, os programas já existentes no computador, como o Word, o Paint, a internet, o Blog, como o próprio computador, já são de conhecimento dos alunos, o que falta é uma interdisciplinaridade maior e um conhecimento dos diversos softwares relacionados com as disciplinas.
Na minha área, vou sugerir a criação de um jornal infanto-juvenil da escola, onde vamos incentivar os alunos a usar o Word para digitar as reportagens e entrevistas, planilhas no Excel com o cronograma das atividades, a máquina fotográfica digital e o armazenamento das fotos no computador, o Paint para ilustrar algumas reportagens, e preparar o material para impressão. Para a realização desta atividade, a professora de Arte ficará responsável para o uso do Paint, a professara de Matemática com o cálculo dos custos e planilhas no Excel e as reportagens no Word ficarão sob minha responsabilidade. Este jornal será impresso a cada trimestre e envolverá toda a comunidade escolar.
O ensino através do computador significa que o aluno, por meio da máquina, tem condições de adquirir conceitos sobre qualquer campo do conhecimento. Existem diferentes tipos de softwares, todos possuem vantagens e desvantagens, cabe ao professor saber escolher o que melhor se adapta a classe, para isso deve sempre planejar bem suas atividades e conhecer o programa que vai usar, pois a grande maioria desses softwares, apesar de apregoarem maravilhas, são destituídos de técnicas pedagógicas, exigindo pouca ou nenhuma intervenção por parte dos alunos.
Processadores de textos, banco de dados, planilhas, editores eletrônicos são aplicativos úteis tanto para os alunos como para os professores. É necessário que o professor conheça bem as potencialidades desses materiais pois eles podem ter um uso bastante extenso, atendendo à quase todas as disciplinas, em vários aspectos do conhecimento e ainda usados de acordo com o interesse e a capacidade dos alunos. São softwares abertos que permitem ao professor constantemente descobrir novas maneiras de planejar atividades que atendam seus objetivos. O computador pode ser usado também como comunicador, como ferramenta que tem a função de transmitir a informação. Computadores em rede, ou usando modem para conectar-se a uma linha telefônica fornecem inúmeras opções: o tão conhecido e-mail, orkut, utilização da Internet, compartilhamento de arquivos, banco de dados, impressoras, chats que possibilitam reunir em tempo real pessoas que compartilham dos mesmos interesses, vídeo conferências, pesquisa. ...
Atualmente temos um novo tipo de software. O software como serviço, que é um tipo que roda diretamente na internet, não sendo necessário instalar nada no computador do usuário. O uso de jogos e brincadeiras já há muito tempo auxilia na formação global da criança e é uma forma prazerosa de aprender. Nas últimas décadas, muitos tipos de jogos e brincadeiras foram desenvolvidos para a Internet e fazem enorme sucesso entre crianças e adolescentes. São apresentados nos mais diversos formatos, incluindo jogos de raciocínio e simulações. Para as crianças dos primeiros anos do Ensino Fundamental, os jogos podem contribuir para o desenvolvimento da coordenação motora, atenção, levantamento de hipóteses e resolução de problemas, leitura e escrita em múltiplas linguagens, além de promover a vivência de comportamentos cooperativos.
Com isso, entende-se que é preciso incorporar as mídias eletrônicas ao fazer educativo, favorecendo a reflexão sobre suas características, desenvolvendo uma prática educativa que contemple situações que incentivem o pensar, o criar, o imaginar, o sentir e o agir, em direção a uma atitude comprometida e crítica, no intuito de tirar proveito das características dos meios tecnológicos enquanto ferramentas de apoio ao ensino, à aprendizagem e à educação em seu sentido mais amplo. Mas como diz Paulo Freire: “Ninguém conhece tudo, ninguém ignora tudo, aprendemos tudo.” É nesse pensamento que devemos seguir em frente, buscando, aprendendo, interagindo, construindo nosso conhecimento.